Vamos Defender a Nossa Floresta com o Prof. Jorge Paiva

Se fosse uma árvore, o Professor Paiva escolheria ser um Embondeiro (Adansonia digitata Lineu), uma árvore milenar, única do continente Africano e comum em Angola, onde o professor nasceu; “uma árvore esquisita com uma estrutura única, barriguda, pela água que retém, que aguenta os mal-tratos, a seca, tudo!”. De facto, olhando mais atentamente para uma das árvores mais antigas que habitam o planeta, vi a longevidade e resiliência do Professor, que com os seus 90 anos, se deslocou sozinho de Coimbra a Ourém (a convite do projeto CCVnE Robociência no AECO, no assinalar do Dia da Floresta Autóctone), para nos brindar com uma aula cativante que nos transportou para as suas expedições pela Amazónia e outros lugares, onde a Natureza lhe revelou algumas das suas maravilhas que o coração o fez procurar e ver! Tudo para nos lembrar o quanto dependemos da Floresta e de toda a Biodiversidade que nela surge: como fonte de alimento, água e medicamentos; como fábrica do oxigénio que respiramos e como depurador do ar e forte aliado na luta contra as alterações climáticas, ao consumir o dióxido de carbono atmosférico produzido nas atividades humanas. Mas estaremos realmente conscientes que cuidar da Floresta e de todos os seres vivos, é cuidar de nós e da nossa sobrevivência?

À sombra do velho Embondeiro, os olhinhos dos alunos das três turmas do 2.º ciclo e dos 24 ecodelegados da escola sede, mal pestanejaram e sorriam admirados com as suas histórias, como a experiência de viver nú na Amazónia, bebendo água do rio, comendo o que via os macacos comer e curando as picadas de insetos na pele aplicando-lhe urina em cima. Foi uma lição de ciência e pedagogia seguida pelos 9 professores presentes e o olhar emocionado da nossa assistente operacional Ana João, que fez trabalho de campo de investigação com o Professor em Timor e nos assegura que assim é.

Vários alunos estrangeiros do Brasil, de Moçambique, de Angola e também de S. Tomé e Princípe quiseram ainda ficar no final da palestra para assistir a um pequeno filme sobre a Amazónia para continuar a beber da água retida naquele velho Tronco que os regava com saudade de paisagens que de algum modo os levavam de volta às suas origens. No fim a vontade de abraçar foi a única forma de agradecer que encontraram no seu vocabulário e o forte Embondeiro, acedendo, deixou-se abraçar. 

Depois de um passeio para conhecer as nossas árvores e anfiteatro natural da escola, o Professor concluiu a sua missão cívica com a oferta ao nosso Agrupamento do livro Natal Verde, 30 anos de postais de Jorge Paiva, continuando a esperar que da Escola nasça a mudança na preservação da Floresta e de de toda a Biodiversidade, da qual somos apenas uma frágil extensão. Conte connosco Professor!          

prof. Ana Margarida Rodrigues

Uma história para contar e meditar do "Natal Verde" do Prof. Jorge Paiva

"Dois amigos abastados resolveram fazer, cada um, uma invulgar viagem de aventura. Cada um deles iria viajar num veículo todo-terreno, sem companhia, sem rádio, sem telemóveis nem GPS, carregados de combustível suplementar, alimentos, água e agasalhos e sem ajudas de ninguém, apenas com muito dinheiro de modo a não terem dificuldades..Um atravessaria o deserto do Sahara, o outro a Amazónia (...).

O primeiro teve muito azar, pois numa zona do deserto, completamente desabitada (...), plena de dunas altas e dinâmicas, apanhou uma violenta tempestade de areia, que soterrou o veículo, de tal modo que ficou impossível de se mover. Para conseguir comer e beber teve muito trabalho em escavar com as mãos a areia. Grande parte da água e alimentos deteriorou-se. Nunca lhe apareceu auxílio, acabou por morrer, sem comida, nem água, mas muito rico, pois tinha ainda muito dinheiro disponível.

O outro, ao atravessar o rio Mavaca, na Serra de Unturán (Amazónia venezuelana), a corrente forte arrastou o veículo (nunca mais o viu), tendo-se salvo a nado. Passados meses, foi encontrado por índios, muito doente, tendo sobrevivido, sem dinheiro, mas à custa dos produtos vegetais que colhia na floresta (frutos, rizomas, flores e folhas) e dos animais (aves, pequenos roedores e peixes) que conseguia apanhar e da água dos rios e da cura através das plantas medicinais com que os índios o trataram."

Excerto da coleção de postais de Natal do Professor Jorge Paiva, com fotografias e conhecimentos selecionados das expedições deste biólogo e incansável ativista na defesa da biodiversidade e do meio ambiente, reunida no livro Natal Verde - 30 anos de postais de Jorge Paiva 1990-2019 (organizado pelo CCV de Coimbra, numa parceria com a ordem dos Biólogos e edição da Imprensa da Universidade de Coimbra), oferecido pelo próprio à Biblioteca, aquando da sua visita à escola sede do Agrupamento, a 21 de novembro, para que também possa constituir uma ferramenta pedagógica, para aprender e ensinar.

prof. Ana Margarida Rodrigues

Os alunos do CST1A participaram no Projeto "Sons das letras"

Durante oito semanas os alunos, do 1.º A participaram no Projeto "Som das Letras". O Projeto foi dinamizado pela terapeuta da fala Ana Sismeiro, do Centro Local para a Promoção do Sucesso Educativo (CLPSE), consistiu na realização de sessões para toda a turma, promovendo as competências linguísticas essenciais para a aprendizagem da leitura e da escrita, atuando assim na prevenção de possíveis dificuldades de aprendizagem. 

Boas Festas!

CST1A - Prof. Paula Silva

AECO abraça o Projeto Coopera Escola+ 21-23

Foram 40 os docentes que frequentaram a ação de formação "Comunidades cooperativas de aprendizagem profissional - Nível 1", conduzida pelas formadoras Isabel Lezon e Sandra Cardoso. Desses, cerca de 30 pertencem ao Agrupamento de Escolas Conde de Ourém, desde o ensino pré-escolar até ao terceiro ciclo, contando com a presença e participação das bibliotecas escolares.

O Projeto Coopera Escola+ 21-23 tem como foco a mudança de práticas em sala de aula introduzindo metodologias ativas e integrando a Aprendizagem Cooperativa, o Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade obrigatória (PASEO), a Estratégia Nacional de Educação para a Cidadania (ENEC), a Avaliação Pedagógica, a Educação Inclusiva, o Plano de Transição Digital (PTD), o Ensino Experimental das Ciências e o Bem-Estar Social e Emocional de todos, alunos e professores.

Tem como objetivos melhorar o clima da sala de aula, a autoestima, a crença de autoeficácia, as habilidades sociais, a motivação e o rendimento escolar dos alunos, pretendendo assim alcançar objetivos educacionais que vão para além da aprendizagem académica, nomeadamente o investimento nas competências sociais e de grupo, e no comportamento cooperativo.

Foi sem dúvida uma formação intensiva e intensa, mas altamente motivadora, que já está a alterar a forma como se trabalha em sala de aula. Os resultados começam a fazer-se sentir e o efeito contágio também começa a notar-se junto da comunidade docente. Tudo em prol da melhoria das aprendizagens dos alunos!

“Um brinquedo chamado natureza”, com os alunos do pré-escolar da Atouguia

O melhor brinquedo dado às crianças é a própria natureza.

As vivências, explorações, descobertas e brincadeiras ao ar livre proporcionaram às crianças do pré-escolar da Atouguia, exercícios de imaginação, criatividade, oportunidade de criarem os seus próprios brinquedos com materiais naturais que podem ser explorados de diversas formas.

Muitos são os benefícios do pleno contato com a natureza: o contemplar de uma árvore reduz o défice de atenção e ajuda nos problemas depressivos. O correr riscos é fundamental para o desenvolvimento integral da criança. O mexer na terra ajuda a fortalecer a imunidade da criança. As aprendizagens fora das quatro paredes são as que jamais se esquecerão.

As brincadeiras ao ar livre dão à criança mais liberdade, autonomia e independência.

 

 

Os alunos do CST4A assistiram ao musical "A Bela e o monstro"

 No dia 14 de dezembro,  as crianças da turma CST4A, em conjunto com outras crianças, tiveram a  oportunidade de assistir a um belo espetáculo musical " A Bela e o Monstro", no TMO. Esta história transmite a todos uma mensagem muito especial " As pessoas realmente bonitas são aquelas que têm um bom coração, o aspeto físico não importa quanto existe Amor"! 

O espetáculo também incentiva as crianças a gostarem de ler pois é importante  ter um bom livro para ler, ler é um prazer..." As crianças agradecem ao Município de Ourém o momento agradável que lhes proporcionaram. Gostaram imenso!                          

CST4A  Prof. Helena Silva

 

Plano de Ação para a Leitura - 1.ª fase – Início da formação | desenho da intervenção

No dia 15 de dezembro, decorreu no AECO (um dos 15 agrupamentos de escolas piloto selecionados) a primeira sessão de formação para professores, no âmbito do Plano de Ação para a Leitura.

Da responsabilidade do IAVE e do PNL e certificada como ação de formação de curta duração, a sessão teve uma duração de seis horas e centrou-se na didática da leitura, partindo dos resultados de avaliação em leitura do AECO.

O PAL de cada agrupamento será baseado nos resultados dos alunos na leitura, dados disponíveis a nível nacional e local. O PNL irá trabalhar com os agrupamentos de forma a permitir conhecer com exatidão as dificuldades dos seus alunos e os seus perfis de leitores, permitindo a definição de áreas de intervenção estratégica, com ações concertadas e com otimização de recursos.

O AECO está empenhado e entusiasmado para abraçar este novo desafio.

Exposição "Cultura Científica no AECO"

O que têm as longínquas estrelas que ver connosco? Com o que nos rodeia, com a vida e com tudo aquilo de que somos feitos?

Este foi apenas um dos pontos de partida, do caminho da ciência percorrido pelos alunos do 5.º ao 8.º ano, concretizado numa exposição de modelos e trabalhos de pesquisa, na BIiblioteca Escolar (BE), para o Dia Nacional da Cultura Científica, a 24 de novembro (anunciado com a poesia de António Gedeão nas aulas de Português e na "Rádio Conde"), que se prolongou até ao dia 11 de dezembro.

No 7.º ano, em Físico-Química, Galileu Galilei, com a sua luneta, apontou-nos o caminho experimental da ciência e da exploração espacial do Universo, para vermos mais longe e para além das aparências! A Galileu seguiram-se outros cientistas, alguns dos quais foram retratados por alunos em Educação Visual, como Marie Curie, Einstein, Rosalind Franklin e Isaac Newton que resumiu numa frase, com humildade e gratidão, como o conhecimento científico evolui com o contributo e partilha de todos: "Se eu vi mais longe, foi por estar apoido sobre ombros de gigantes"!

O clube "Aprender com o Cinema" juntou-se a esta homenagem histórica, projetando o filme "Agora", sobre Hypatia (350 - 415 d.C.) a primeira mulher documentada como Matemática e Astrónoma, que mostrou à época, que afinal as mulheres também conseguiam raciocinar e ter ideias e pensamentos inteligentes.

No 8.º ano verificámos que, afinal, somos mesmo feitos de pó das estrelas, ou seja dos diferentes tipos de átomos (elementos químicos) que se formaram nas estrelas e que depois se agruparam em moléculas, ou deram origem a iões, que constituem todas as substâncias dentro e fora do nosso corpo. É no nosso sistema digestivo, representado nos modelos dos alunos do 6.º ano, que são retirados os nutrientes (biomoléculas e iões) dos alimentos, para produzir energia e o crescimento e/ou manutenção do nosso corpo através de muitas reações químicas. Assim, compreendemos melhor a importância de uma alimentação saudável, ilustrada no cartazes e alertas dos alunos do 5.º ano, como matéria prima do bom funcionamento do nosso corpo.

Mas, com o conhecimento que já temos, estaremos nós a fazer as escolhas certas para preservar o nosso planeta e zelar pela nossa nossa saúde e bem comum? 

A evolução da Ciência tem sido suficiente? O que está a faltar?

Será que o conhecimento científico está só ao alcance de alguns? Como podes participar mais ativamente, pesquisando-o, divulgando-o, e aplicando-o no teu dia-a-dia? 

A BE também te pode ajudar! Descobre a ciência das coisas nos livros e publicações que lá encontras e experimenta!

prof. Ana Margarida Rodrigues

Realidade virtual no AECO

A realidade virtual dá os primeiros passos no Agrupamento de Escolas Conde de Ourém.

Na aula de TIC, os alunos do 9º ano tiveram oportunidade de aliar o conhecimento à diversão, experimentando óculos de realidade virtual. 

Foi uma experiência inovadora que agradou a todos. 

Parlamento dos Jovens

     Comemorar os 50 anos do 25 de Abril é nesta data especial, mais do que olhar para a democracia e suas conquistas é perspetivar o futuro, criando propostas de maior integração, de solidariedade e cidadania ativa.

O Parlamento dos Jovens é um projeto que contribui para uma escola protagonista de uma democracia viva e participativa.

Na escola de hoje, encontramos múltiplas nacionalidades que evidenciam diversas problemáticas, como por exemplo de racismo, xenofobia, exclusão social, saúde mental, familiar …de forma a responder a estas preocupações os alunos elaboram 3 propostas de solução:

Proposta da Lista A:

1.ª - Criação do ano zero para os alu
nos estrangeiros que ingressam no nosso sistema de ensino.

2.ª - Criação de uma Sala de Apoio ao Reforço das Práticas da Vida Ativa.

3.ª - Criação de um observatório de referência que acompanhe, promova a inclusão e a cidadania ativa.

Proposta da Lista B:

1.ª - Tutores de Inclusão

2.ª - Tardes temáticas

3.ª - Promover condições que cativem futuros professores.

Proposta da Lista C:

1.ª - Uma vez por mês a refeição na cantina contemplar na ementa um prato típico de que represente as diferentes culturas que integram a escola.

2.ª - Haver um caixote onde se possa depositar roupa que já não é utilizada para quem necessita.

3.ª - Celebrar uma data importante ou significativa do país de origem.

Entre(vistas) do Conde: Podcast à conversa com o Prof. Jorge Paiva